O rápido crescimento do Japão
O rápido desenvolvimento do Japão a partir de 1952 deveu-se a vários fatores entre os quais se destacam:
- A ajuda norte americana que promoveu a implantação de um novo regime político multipartidário e democrático e a concessão de ajudas, apoios económicos e às exportações e uma ajuda financeira substancial necessária à recuperação do país.
- o entendimento entre o Estado e os grandes grupos empresariais no sentido de promover o crescimento económico e o desenvolvimento social. O Estado interveio na regulação do investimento, na concessão de créditos, na proteção das empresas e do mercado nacional não sobrecarregando as empresas com obrigações sociais que dificultassem a sua reconversão e recuperação.
- Uma cultura tradicionalista com a colaboração ativa de uma população imbuída de um espírito de entreajuda e de lealdade e colaboração com os empresários mantendo baixos níveis de reivindicação salarial e possuindo um nível de escolaridade elevado.
O milagre japonês
Sem matérias primas e pouco território cultivável o Japão baseou o seu crescimento no pós guerra num desenvolvimento industrial e comercial em duas fases:
- de 1955 a 61 uma primeira fase em que a produção industrial triplicou e em que se realizaram investimentos nas industrias transformadoras de bens de consumo e indústria pesada. As exportações aumentaram assim como as importações de matérias primas.
- de 1966 a 71 com um novo impulso económico nas áreas da eletrónica e da produção automóvel.
O afastamento da China do bloco soviético
Mao Tsé Tung tornou-se o líder da China comunista. Com ele o marxismo assumiu uma feição diferente do leninismo, o chamado maoísmo que enfatizava o papel dos camponeses na liderança da revolução e considerava a necessidade de uma revolução social protagonizada pelas massas sendo para isso necessário consciencializar as populações para as transformações revolucionárias tendo como base a atuação dos dirigentes de acordo com uma postura de humildade e autocrítica.
A revolução não teve os resultados que Mao previa nos primeiros anos. É assim que, a partir de 1957, Mao se afastou progressivamente da União Soviética e do seu modelo de desenvolvimento industrial censurando a postura revisionista e reformista da coexistência pacífica, que Krutschev desenvolveu, com as aproximações feitas aos E.U.A. e ao mundo ocidental.
O Grande salto em frente desenvolveu-se então, incidindo a atenção governamental nas comunidades rurais baseando-se num modelo de auto suficiência de agricultura comunal e indústria artesanal, em vez da indústria pesada como ocorrera anteriormente.
Censurado pelos soviéticos, Mao considerava a China o único país verdadeiramente comunista facto que seduziu os intelectuais de esquerda por todo o mundo nomeadamente os ocidentais e africanos.
No entanto o falhanço desta política levou ao afastamento provisório de Mao que no entanto recuperou influência a partir de 1964 após a publicação do Livro Vermelho. Este, permitiu o regresso ao poder de Mao com a Revolução Cultural chinesa que no entanto levou a um período de grande instabilidade que Mao só conseguiu vencer em 1968 recorrendo à repressão e efetuando uma depuração forçada na sociedade.
Recuperando influência, Mao desenvolveu uma diplomacia intensa nomeadamente recorrendo ao apoio dos E.U.A. e do presidente Nixon que na altura estava envolvido no recrudescimento das tensões com a União Soviética. Em 1971 a China Comunista substituiu a China Nacionalista (Formosa) na O.N.U., facto que foi considerado uma grande vitória pelas esquerdas em todo o mundo e com enorme impacto no alastramento das tensões anti imperialistas em vários territórios de África e Ásia nomeadamente nos conflitos do Vietname, Laos, Angola, Moçambique e Guiné. Teve no entanto um forte impacto pela dissolução progressiva das influências políticas bipolares que até então se verificavam no mundo. A China tornou-se desde então numa grande potência militar a nível mundial.
Ascensão da Europa - da CECA à CEE
Nos anos do pós-guerra surgiu um novo consenso nos meios políticos quanto à necessidade de a Europa construir um novo modelo de convivência pacífica facto que provocou ao mesmo tempo a criação de várias organizações europeístas e de encontros e outros eventos cujo objetivo era construir laços entre os países do velho continente.
Apesar das divergências que radicavam numa perspetiva do que poderia vir a ser a Europa num futuro de médio prazo - uma confederação de estados independentes ou uma federação de estados europeus - a Declaração Schuman deu um primeiro passo para a cooperação entre a França e a Alemanha como forma de contrariar ressentimentos e impulsionar uma orientação pacifica e produtiva entre as duas grandes potências continentais. Assim, surgiu entre estes dois países, em 1951, a CECA, Comunidade Europeia do Carvão e do Aço ao qual aderiram também a Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo e controlada por uma Autoridade supranacional. Com base nesta organização surgiu em 1957 a CEE criada pelo Tratado de Roma núcleo fundador da União Europeia, com os seguintes objetivos:
A UNIÃO EUROPEIA
Em 1973, integraram a CEE, o Reino Unido, a Irlanda e a Dinamarca. Em 1981 a Grécia.
Em 1986, Espanha e Portugal. Em 1995 a Áustria, a Finlândia e a Suécia.
Nos anos do pós-guerra surgiu um novo consenso nos meios políticos quanto à necessidade de a Europa construir um novo modelo de convivência pacífica facto que provocou ao mesmo tempo a criação de várias organizações europeístas e de encontros e outros eventos cujo objetivo era construir laços entre os países do velho continente.
Apesar das divergências que radicavam numa perspetiva do que poderia vir a ser a Europa num futuro de médio prazo - uma confederação de estados independentes ou uma federação de estados europeus - a Declaração Schuman deu um primeiro passo para a cooperação entre a França e a Alemanha como forma de contrariar ressentimentos e impulsionar uma orientação pacifica e produtiva entre as duas grandes potências continentais. Assim, surgiu entre estes dois países, em 1951, a CECA, Comunidade Europeia do Carvão e do Aço ao qual aderiram também a Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo e controlada por uma Autoridade supranacional. Com base nesta organização surgiu em 1957 a CEE criada pelo Tratado de Roma núcleo fundador da União Europeia, com os seguintes objetivos:
A UNIÃO EUROPEIA
- implementação progressiva da livre circulação de capitais, bens e pessoas.
- livre emprego.
- livre prestação de serviços.
- política agrícola comum, política comum de transportes e de energia.
Em 1973, integraram a CEE, o Reino Unido, a Irlanda e a Dinamarca. Em 1981 a Grécia.
Em 1986, Espanha e Portugal. Em 1995 a Áustria, a Finlândia e a Suécia.
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